Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro
COMPERJ
Anunciado como o sonho para os trabalhadores brasileiros o
complexo de Itaboraí no Rio de Janeiro chegou com cara de que o trabalhador iria
ter a chance dos seus sonhos e conseguir algo diferente com o seu trabalho. De
fato, o comperj começou abrindo oportunidades para classificações e dando
oportunidades para que os seus funcionários ganhassem qualificação e dinheiro.
Mas ao longo do tempo as coisas foram ficando estranhas e o trabalhador começou
a se sentir preso e sem muitas oportunidades por que nesse ramo as
oportunidades vêm para quem está diretamente envolvido com as tarefas da função
a qual o funcionário está pleiteando. Porque os cursos vêm depois para
conhecimentos técnicos, mas o prático, o candidato aprende fazendo, praticando.
Está se indo embora o sonho do trabalhador até para ganhar dinheiro no complexo
porque se tornou uma obra entediante muito cansativa. Muitos operários aproveitavam
a oportunidade de sair de um consórcio e logo entrava em outro, mas agora, os operários
saem de uma empresa e não estão mais voltando para o complexo muitos estão
saindo fora. Não há mais horas extras, nem horas prêmios, não estão
classificando mais os aprendizes e os atrasos na execução do projeto fez com
que a Petrobras virasse as costas para a segurança e para o respeito com que as
empresas devem tratar os funcionários e os consórcios como a TUC, por exemplo,
começasse a usar e abusar na execução de muitas tarefas expondo até os funcionários
a riscos. Porque os fiscais da empresa terceirizada para representar a
Petrobras no complexo somem quando a tarefas fora dos padrões de segurança. As
vagas para trabalhar no complexo não são mais conseguidas por iniciantes em
algumas funções, ou mesmo, por profissionais que não tiveram a oportunidade de
trabalhar em grandes projetos, porque já é um circulo vicioso em que algumas
cartas marcadas já fazem parte do vai e vem. São os que conseguem horas extras
e alguns prêmios em algumas tarefas. Sem contar que depois que o trabalhador
entra no comperj se tiver uma necessidade de sair em uma emergência pessoa,
danou-se! Não consegue mesmo e as empresas não dão a mínima para os seus
problemas. Está ficando ruim trabalhar no comperj. Para quem vai pela primeira
vez começa tudo bem show, mas com dois ou três meses o funcionário já começa a
sentir a vibração que está baixíssima. E agora com o anuncio de que o comperj
está caríssimo para a estatal então as coisas devem ficar pior ainda. Tomara
que não e o complexo volte a bombar.